terça-feira, 7 de julho de 2009

Políticas Públicas para o desenvolvimento rural: o papel da assistência técnica e extensão rural

A audiência no Senado para discutir as políticas públicas para o desenvolvimento rural, o papel da assistência técnica e extensão rural, teve a participação de:

- Quatro senadores da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (Valter Pereira – presidente, Gilberto Goelllner - vice- presidente, Jaime Campos, Romeu Tuma e Serys Shhessarenko);
- Dos deputados federais Eliene Lima (MT) e Valdemir Moca, além do Deputado Estadual do Rio de Janeiro e ex-presidente da Emater/RJ Nilton Salomão;
- Pela Contag, Ronaldo;
- Lino Moura - da Fazer;
- Hur Bem pelo MDA;
- E dirigentes das Entidades: Luiz Cláudio (Emater-RN); José Roldão (Agraer/MS); Carlos Magno (Emater/DF); Julio Zoé (Ipa/PE); Jaime (Empaer); Jefferson Emdagro e Luiz Hermann (Epagre/SC); Valmir (Emater/CE) e Marcos (Emater/PB);
- Além de extensionistas do Goiás e Espírito Santo.

Em meu pronunciamento, no Auditório Theotônio Vilela, destaquei que o problema do país não é a produção de alimentos, mas o acesso à alimentação. E que, tão sagrado como o acesso a alimentação, é o acesso ao conhecimento e inovação tecnológicas, gerados pela pesquisa. E isso só é possível com uma Extensão Rural forte. Destaquei também que os extensionistas nos 5.298 escritorios no país talvez sejam a primeira da última esperança de uma família rural mudar sua vida com acesso à políticas, como crédito rural e energia elétrica.

Os Estados cumprem seu papel garantindo 80% do custo da extensão no país. Contratamos nos últimos seis anos mais de cinco mil novos extensionistas, saindo de 12.500 em 2003 para 16.600 em 2008. E, quanto mais dificuldade tem a região, como os casos do norte e nordeste do Brasil, mais sustentadas foram as entidades de Extensão Rural. O coração do agronegócio, a região centro-oeste, precisa que a extensão rural seja reestruturada. Propusemos também a criação do PAC da Extensão.

A extensão rural tem que ser considerada um serviço essencial, como educação, saúde e segurança. Se investirmos em extensão, garantindo que as pessoas tenham condições de permanecer no campo, reduziremos o fluxo dessas pessoas para as cidades e, consequentemente, as mazelas sociais.

Encerrei pedindo apoio do Senado para que o presidente Lula anuncie no lançamento do plano SAFRA 2009/2010 para agricultura familiar o envio da Lei geral de ATER para o Congresso Nacional.

3 comentários:

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  2. O papel da extensão tem se tornado a cada dia insispensavél e essencial!
    Se tivermos os devidos incentivos, nós extensionistas rurais, poderemos trabalhar com mais afinco e garantir que os agricultores tenham acesso não somente a produção tecnologica, mas que tenham prazer em permanecer no campo!
    Estaremos na torcida para que tudo corra bem!
    Abraço

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  3. Lelê,
    Você pode acompanhar no noticiário, que a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aderiu ao PAC da Extensão Rural. É uma grande conquista para a extensão rural e, é claro, para a agricultura brasileira. Recordo que em março de 2008, logo após o lançamento do PAC da Pesquisa, em uma reunião dos dirigentes das Entidades Estaduais de ATER com o Ministro Guilherme Cassel e toda sua equipe. Quando pronunciei como presidente da Asbraer, disse ao ministro que era necessário criar o PAC da extensão. Ressaltando que pesquisa sem extensão forte fica nas prateleiras das universidades, da Embrapa ou das entidades estaduais de pesquisa e não chega a quem precisa. Que são os pequenos agricultores. De lá té aqui, fizemos uma andança em todo país, defendendo esta idéia, que hoje fica mais forte.
    Sds.

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