O governo
brasileiro fechou um acordo com Angola para incrementar a piscicultura familiar
e a aquicultura naquele país. O compromisso foi firmado nesta terça-feira (17)
pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz, e pelo embaixador de Angola no Brasil, Nelson
Manuel Cosme, representando o Instituto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e
da Aquicultura (IPA), do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e
das Pescas angolanos.
"Esse
acordo se insere dentro de um contexto maior de parcerias entre Brasil e
Angola, e é de extrema importância, tendo em vista que o trabalho do IPA trará
impactos sociais [positivos] para Angola, proporcionando emprego e renda para a
população", afirmou o embaixador angolano, Nelson Manuel Cosme.
Dez
técnicos angolanos serão capacitados durante seis meses, com instruções sobre
técnicas de propagação artificial e criação de peixes. O treinamento prevê
ainda ensinamentos sobre a conservação ambiental e a limnologia, que é um
estudo científico das águas dos lagos e lagoas quanto às suas condições
físicas, químicas, meteorológicas e biológicas.
"É
uma grande honra poder compartilhar com Angola nossa experiência nas áreas de
piscicultura e aquicultura. Espero que os técnicos angolanos possam tirar
grande proveito do intercâmbio – e que esse seja apenas o início de outros
acordos que possamos vir a firmar com o país", afirmou o presidente da
Codevasf.
Africanos
buscam experiência brasileira na agricultura
Os
avanços brasileiros na agricultura também atraem os africanos. Nesta
quarta-feira (18), representantes do governo de Burkina Faso vêm ao Brasil
buscar informações sobre políticas públicas da área de agricultura. O ministro
da Agricultura de Burkina Faso, Laurent Sedogo, visitará a Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab) para conhecer a experiência brasileira sobre as
políticas de abastecimento.
Um dos
principais interesses do país africano é em relação ao Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA) da Agricultura Familiar. A comitiva também quer saber sobre a
compra e a doação de alimentos e maquinários agrícolas.
De acordo
com o diretor de Política Agrícola da Conab, Sílvio Porto, a reunião faz parte
de uma orientação do governo de estabelecer relações mais próximas com países
do continente africano. "Já fizemos algumas doações de alimentos para
Burkina Faso, referentes a ajuda humanitária, e estamos preparados para ouvir
as demandas daquele país e apresentar a experiência brasileira em relação à
segurança alimentar e agricultura", afirmou.
Burkina
Faso é um país com alta densidade demográfica. Mais de 80% da população depende
da agricultura de subsistência, altamente vulnerável à escassez de chuvas.
CPLP
debate desafios da segurança alimentar
O
vice-presidente da República, Michel Temer, estará em Maputo, capital de
Moçambique, no dia 20 de julho, para participar da IX Conferência de Cúpula dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP) que vai debater os desafios da segurança
alimentar e nutricional.
Os países
que integram a cúpula são: Brasil, Angola, Cabe Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Fábrica
de antirretrovirais em Moçambique
Temer
também vai inaugurar em Maputo, no dia (21), uma fábrica de remédios em
Moçambique para tratamento da Aids na África. De acordo com dados divulgados
pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009, mais pessoas morreram de Aids
entre 1999 e 2000 na África do que em todas as guerras no continente.
Em 2010,
o Programa das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids) informou uma queda
significativa no número de jovens infectados em 56 países, mas a Aids continua
sendo considerada como uma grave ameaça à saúde pública na região.
A fábrica
que será inaugurada pelo vice-presidente brasileiro produzirá 21 remédios
diferentes que ajudarão no combate à doença. Moçambique é um dos países que
mais registra casos de Aids no mundo. A proporção de infectados é de um
para cada três habitantes.
Fonte:
Portal Planalto