quinta-feira, 9 de julho de 2009

Tecnologia faz a diferença

Ainda há um grande caminho a percorrer, quando se fala da evolução do volume de produção, proporcionada pela aplicação do conhecimento técnico cientifico, tendo como base as várias tecnologias disponíveis e ainda não utilizadas por boa parte dos agricultores.

Uma dessas tecnologias é a calagem, cuja finalidade é a de corrigir a acidez existente no solo e disponibilizar cálcio e magnésio para a lavoura e, ao mesmo tempo, aumentar a eficiência dos fertilizantes utilizados.

Para se ter ideia da importância da análise de solo, uma ação fundamental para identificar os níveis de acidez no terreno e, consequentemente, ter conhecimento da necessidade ou não da aplicação de calcário, somente no ano de 2008 foram realizados 198 mil análises de solo em todo o estado de Minas Gerais, o que ainda é insignificante.

Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Adubos e Corretivos do Estado de Minas Gerais (Sindac), no mesmo ano de 2008 foram utilizadas 2.914.799 toneladas de calcário. Uma utilização muito pequena, quando comparada com as 2.776.000 toneladas de fertilizantes aplicados nos terrenos, no mesmo período.

Esses dados mostram uma relação de 1,05 tonelada de calcário para 1 tonelada de fertilizante, enquanto que o mais aceitável seria a utilização de 3 toneladas de calcário para cada tonelada de fertilizante aplicado.

Quando o pH (índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer) não é o ideal, a absorção dos nutrientes pelas plantas fica totalmente prejudicada, pois esses nutrientes ficam retidos no solo devido à concentração de hidrogênio, impedindo que a planta os absorva.

Um solo ácido, geralmente tem baixo teor de cálcio e magnésio, elementos químicos importantes para as plantas, e alto teor de alumínio, que é tóxico. Em solos muito ácidos, esses problemas aparecem ao mesmo tempo, com frequência.

Quando o calcário é aplicado no solo há uma reação química corrigindo os níveis de acidez. Ao elevar o pH, o corretivo (calcário) neutraliza os efeitos negativos do alumínio e manganês tóxicos, garantindo os teores de cálcio e magnésio que as plantas necessitam, aumentando a disponibilidade dos nutrientes e, consequentemente, a sua eficiência.

Neste cenário, justifica-se uma ação efetiva no sentido de incentivar a utilização do calcário de acordo com os preceitos técnicos visando a melhoria da qualidade do solo e o aumento da produção, principalmente neste momento em que a segurança alimentar é uma preocupação universal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário