sexta-feira, 3 de julho de 2009

Novidades no Programa Mais Alimentos

Sempre na primeira quinta-feira do mês ocorre a reunião do Comitê de Gestão e Acompanhamento do Programa Mais Alimentos, que é liderado pelo MDA, tendo a participação da Anfavea, Asbraer e, quando necessário, dos agentes financeiros BNB, BASA e BB. Com a Abimaq é realizada também uma renião mensal.

Nesta quinta, dia 02, foi uma renião de peso, uma vez que o Programa tem um ano de vigência, e venceu dia 30 de junho. Com isso, a preocupação era com o encerramento do Mais Alimentos. Preocupação superada com a reunião no Palácio do Planalto, na qual o próprio presidente da Republica anunciou a continuidade do Programa.

Mas, uma coisa é anunciar a continuidade do Programa, a outra é fazê-lo chegar aos agricultores. Então, tinhamos assuntos estratégicos a discutir. A começar pela a publicação de uma portaria do Ministério da Fazenda com a equalização das taxas de juros, e a garantia de que não ocorra uma lacuna para o início dos financiamentos deste novo ano agrícola.

Foi anunciado pelo Sr. Hercilio Matos, coordenador do Comitê pelo MDA, que a referida portaria será publicada nesta sexta-feira, dia 03 . Assim, não haverá interrupção do Programa.

Outro ponto, que a imprensa já divulgou, inclusive com a fala do próprio ministro do MDA, Guilherme Cassel, é sobre o seguro da agricultura familiar para operações de investimento. Já existe o seguro para custeio. O seguro para investimento, acredito que será um fator facilitador para a trava das exigências dos bancos por garantias que, aliada à burocracia e ao licenciamento ambiental, têm sido os principais entraves para a liberação dos financiamentos.

Alguns pressupostos do Programa merecem destaque, como é o caso do objetivo dos financiamentos não serem apenas para máquinas e implementos, e sim para financiar todas as atividades necessárias para garantir a renda, a sobrevivência dos agricultores e fornecer condições para que estes possam cumprir seus compromissos financeiros, especialmente o financiamento.

Não sendo assim, o crédito, em vez de ajudar, atrapalha, vira dor de cabeça para os agricultores. Ao dizer isto, ressalto que ainda há muita falta de informação sobre o Programa. Por isso, a Asbraer defendeu a produção de material com esclarecimentos sobre o Mais Alimentos.

Mas, um entrave não foi anunciado. O Fundo Garantidor, que é uma bandeira das organizações dos agricultores, e solução definitiva para as garantias.

O Mais Alimento permitiu colocar no campo, até agora, mais de 12 tratores e de 36 mil implementos. Creio que isto favorece a vida dos agricultores, principalmente sendo financiados com projetos bem feitos e com assistencia técnica de qualidade.

10 comentários:

  1. Chuva em Botelhos provocaram prejuízos de mais de 1 milhão só na cafeicultura
    Vânia Marques – Folha Agrosul

    O município de Botelhos, no sul de Minas, já contabilizou as perdas na safra de café,após ser atingido por uma forte chuva de granizo no último dia 27. A tempestade de ventos e pedras, durou apenas 20 minutos, mas os estragos na cidade e área rural foram consideráveis. De acordo com informações do escritório local da Emater, 1.500 hectares foram severamente atingidos, dos quais, 400 hectares com lavouras de café. Os prejuízos vão desde a perda de café no terreiro, que foram levados pelas chuvas, a perda de qualidade dos cafés que foram derrubados no chão e o aumento no custo da colheita, em no mínimo 30%, para levantar este café. Além disso, espera-se um prejuízo de cerca de R$1 milhão e meio na safra de 2010, que deverá sofrer uma redução de cerca de 400 toneladas, o que equivale a 6.700 sacas a menos na produção do município. O engenheiro agrônomo José Luiz Ansani, responsável pela Emater local, explica que a chuva provocou uma verdadeira poda nos ponteiros verdes dos ramos do cafeeiro, onde seriam originadas as floradas de setembro. O município produz 180 mil sacas de café por ano, em uma área de 10 mil hectares. "Estamos terminando a avaliação, mas tudo indica que parte das lavouras onde houve incidência das chuvas terá que ser recepada ou replantada", afirmou o agrônomo da filial da Cooxupé, Antônio Francisco da Costa Coutinho. A grande dificuldade é que em caso de poda ou replantio, as plantas só voltam a produzir dentro de dois ou três anos.

    http://midiarural.blogspot.com/

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  2. Caros Amigos do Mídia Rural,
    Como afirmei em entrevista no Programa Minas Rural da Emater-MG, que foi ao ar neste sábado as 9h30, de que a atividade rural é uma das quetem maior risco. Também em relação a necessidade do seguro rural, bem como, as reações da natureza... E o prejuízo não é só para os produtores. É para toda sociedade, em relação ao emprego, renda, comércio local, arrecadação de impostos,etc.
    Sds´.

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  3. Prezado presidente Sr. José Silva, parabenizo pela iniciativa em criar este espaço de comunicação com os demais extensionistas e a sociedade em geral.
    Em relação ao Programa Mais Alimentos e a venda de máquinas agrícolas, venho ressaltar suas palavras quando afirma que ainda falta muita informação sobre o programa e que não é fácil fazê-lo chegar ao produtor.
    Como gerente de vendas de uma concessionária de tratores, na linha de frente com a demanda do agricultor familiar assim como os técnicos dos esloc's, onde sempre somos recebidos com muita atenção. Mas me deparo no dia a dia com uma diversidade de tratamentos, condições, dificuldades e impedimentos que os agentes financeiros e os técnicos dos esloc´s nos apresentam para consolidar um projeto.
    Minas Gerais ainda tem números modestos na execução do programa, se comparado ao Rio Grande do Sul por exemplo, onde o indíce de mecanização agrícola (tratores/propriedade) já era um dos maiores do país no acumulado até maio/09 consolidou 3.030 tratores via projetos do Mais Alimentos enquanto Minas Gerais ficou em 345. O que poderia ser feito para aumentarmos esses indíces uma vez que a demanda existe? Já fui dos quadros da empresa e sei como alguns escritórios tem uma sobrecarga no atendimento de crédito rural. Nós da rede comercial, pelo menos a que eu represento, estamos a disposição para parcerias no apoio a elaboração de projetos, divulgação ou no que for possível e interessante para a Emater, a rede comercial e principalmente ao agricultor familiar do nosso estado que está tendo oportunidade ímpar para mecanizar seu processo produtivo.
    E aproveito para saudar a todos os extensionistas que seguem no trabalho de levar a melhor qualidade de vida e de condições de produção para aqueles que tanto precisam. Por razões pessoais diversas ainda não dediquei o tanto tempo quanto queria pela extensão rural, mas não por isso deixo de reconhecer a importância da atividade e daquela que é modelo para o Brasil no setor, a Emater-MG.

    Atenciosamente,
    Eng.Agrº Guilherme Giovanini

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  4. Caro José Silva,
    O programa Mais Alimentos é sem dúvida, como disse o SR. Guilherme Giovanini, "uma oportunidade ímpar" para aquisição e renovação de máquinas e implementos(... nestes tempos de pouca mão de obra então...), porém a baixa concretização de projetos passa longe de problemas nos ESLOC´S,pois é lá que temos que deparar com pessoas que não enquadram como agricultores familiares forçando a barra no enquadramento e pior ainda enviados pelas agências bancárias e concessionárias com a promessa dessas de enquadramento pelo técnico da EMATER; este problema de baixa concretização dos projetos esta diretamente ligado aos agentes financeiros que criam entraves tais como não aceitar a máquina ou implemento adquirido como garantia, aceitando só 50% da mesma e pedindo avalistas de peso para o projeto, além de não terem conhecimento de que pode haver aquisição conjunta de máquinas e implementos, podendo cada agricultor financiar individualmente sua parcela na aquisição do bem( o que é um grande facilitador,pois se um não tem demanda nem limite de crédito pra adquirir sozinho, junta que assim terá), as agências aqui da nossa região desconhecem esta alternativa ou fingem que não conhecem.
    Acredito que se conseguirmos aparar estas arestas, sem mudar mais nada, dobraríamos a performance desta safra passada.
    Fico por aqui desejando uma ótima semana a todos.
    Fiquem com Deus.
    EDUARDO FARGNOLI

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  5. Boa Noite Presidente,
    Hoje passei em Botelhos e pude ver de perto o estrago causado pelas chuvas, é algo realmente inacreditável, mostramos no nosso programa os estragos, mas tive que ir ver de perto, realmente os estragos anunciados são reais e as perdas também, infelismente a safra do ano que vem, que promete se grande em todo o país, não será nas lavouras de botelhos, e como o senhor disse é realmente necessário dar maior segurança aos produtores contra essas tragédias ambientais.

    um abraço e até mais.

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  6. Caro Guilherme,
    Realmente as travas burocráticas e a sobrecarga de serviço dos extensionistas são os principais fatores do baixo desempenho do Mais Alimentos. Outra preocupação nossa, quero dizer do Comitê de Gestão e Acompanhamento do programa,é continuarmos com esta dicotomia. O sul sempre avançando e as demais regiões com baixo desempenho, e com isso continuar as desigualdades.
    Para melhorar o desempenho em Minas, estamos articulando com as fábricas, que por sua vez, articulam com suas revendas, a confecção de uma cartilha bem explicativa e simples, para facilitar a vida do extensionista e podermos chegar com eficácia aos agricultores. Estamos programando também a visita de dirigentes das Emateres (de Minas para cima- até o nordeste e norte)às fábricas, e em seguida dos extensionistas. Como forma de envolvê-los cada vez mais no programa. Além de ações diretas com agentes financeiros ( que também tem dificuldade operacional- poucos funcionários para muito trabalho). Obrigado pelas palavras em relação a Emater-MG. E sucesso na sua empreitada.
    SDs.

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  7. Caro Eduardo,
    Estes pontos que você levanta foram pontos de pauta da nossa última reunião do Comitê Gestor. Tendo como encaminhamento a próxima reunião no dia 06 de agosto em Brasília, com a Direção dos agentes financeiros para tentarmos resolver.
    Sds.

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  9. Caro Presidente,
    Gostaria de registrar a importância da divulgação do Pronaf Mais Alimentos na lina da Agroindústria.Estamos acompanhando Agroindústrias e elaborando projetos com ótimos resultados é notório o reconhecimento dos agricultores envolvidos e da sociedade que tem prestigiado os produtos. Acredito que aliando as capacitações do Programa Minas Sem Fome e a linha de crédito do Pronaf Mais Alimentos podemos deixar qualquer Agroindústria com um alto padrão de qualidade além de dar particularidade aos produtos e às Agroindústrias.Como o senhor colocou muito bem, sem o conhecimento,o crédito, em vez de ajudar, atrapalha, vira dor de cabeça para os agricultores, é muito importante e aproveito para parabenizar a Asbraer pela defesa de produção de material de divulgação, acrescento ainda que esta divulgação também deve ser feita internamente na nossa empresa.
    Um abraço,
    Ana Laura

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  10. Cara Ana Laura,
    É realmente importante ter esta sua visão clara que o Mais Alimentos não é programa de financiamento só de máquinas agrícolas.Mas sim de todas atividades produtivas nas propriedades de agricultura familiar. Especialmente o setor de agroindustrias artesanais, é um importante foco para que as famílias rurais agregem valor a matéria prima produzida no campo. A comunicação é imprescindível na extensão rural. As vezes não falta recursos ou projetos. Falta meios para que as famílias rurais tenham acesso a eles.
    Sds.

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