domingo, 5 de julho de 2009

Ater em debate

No 07 de julho, terça-feira, acontecerá em Brasília uma audiência pública no Senado Federal sobre políticas públicas para o desenvolvimento rural, o papel da assistência técnica e extensão rural. Na segunda-feira, dia 06, às 10 horas, espero você para conversarmos sobre este assunto.

13 comentários:

  1. Politicas públicas que visassem infra estrutura básica em saneamento, abastecimento de água, energia elétrica, bem como assistencia técnica focada na agroecologia, buscando a organização e comercialização com programas de apoio como o da CONAB seriam excelentes e fariam frente aos programas paternalistas e ineficientes como os das diversas bolsas e Fome Zero (Minas Sem Fome).
    Com relação a educação, que os jovens estudem em suas comunidades e não nucleados na zona urbana.
    Wemerson

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  2. Caro José Silva,
    A assistência técnica e extensão rural é o braço que transforma em ação ,da visibilidade as políticas públicas voltadas para este seguimento.
    Esta visibilidade ,ao meuver, traduz para as comunidades ,enfim para nós cidadãos que vivemos sobre a égide do Estado ,como ele "entende"e da encaminhamento aos nossos enteresses.

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  3. Zé Silva,

    Vejo a ATER, como a catalisadora das políticas públicas, uma vez que a extensão atua junto ao agricultores familiares e suas organizações.
    Estas organizações devem atuar ativamente na formulação e gestão destas políticas, e a extensão no seu papel de estimular, provocar, capacitar e construir junto a este público a criticidade e o empoderamento para as tomadas de decisões em seu projeto de vida e da comunidade.
    Porém, estamos fazendo isto? Temos no país uma ATER fortalecida, capaz desta atuação junto aos agricultores? É o que precisamos investir em todos os Estados da Federação, para ampliar esta ação da ATER.

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  4. Caro Wemerson,
    Você tem razão. Hoje o grande desafio é que as políticas públicas sejam emancipadoras. Por isso, nossa luta é para que a extensão rural, que é uma educação não formal, crie este movimento crescente e solidário, a partir das bases.
    Sds.

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  5. Cara Mara,
    Nosso desafio é criar um cenário em que a sociedade tenha a extensão rural como um serviço essencial.Por isso, toda esta movimentação. E principalmente fazer com que as políticas públicas aconteçam. É o que temos defendido- construir, implementar e viabilizar as políticas públicas.
    Sds.

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  6. Cara Helena,
    Este é o desafio. A extensão vive um momento de evolução, mas muito crítico. Hoje a extensão é um serviço bancado financeiramente pelos estados, com 80% dos recursos. O governo federal em torno de 10%. E olha que houve uma série de avanços , inclusive financeiramente. Mas o aparato do estado brasileiro não nos garante a continuidade destes avanços com novos governos. Por isso, a audiência no senado é para colocar cada vez mais a extensão no debate nacional.
    sds.

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  7. Caro José Silva,

    Vejo a ATER como o alicerce de uma agricultura familiar forte, para isto é necessário politicas publicas fortes que garantam a sutentabilidade da mesma. Polan Lacki, diz que "uma propriedade adequadamente diversificada pode desempenhar o papel de "supermercado", de "banco de crédito rural", de "companhia de seguros" e de "agencia de empregos"; porque ela gera alimentos para a família e para os animais, renda, insumos e ocupação produtiva para todos os membros da família durante todos os 365 dias do ano". Isto só vem evidenciar o poder e a importância de uma ATER solida em nosso país, que com a sua liderança iremos alcançar.

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  8. Vejo que a ATER executa dois imprescindíveis papeis na viabilização de políticas públicas. O primeiro é o de trabalhar a demanda e os anseios das comunidades de modo a construir soluções que poderão se converter em Políticas Públicas. O segundo, e de igual importância, é fazer com que ações de governo, como o Progama Minas Sem Fome, Viabilize a implementação de projetos de interesse dos agricultores. Nesse contexto a responsabilidade da ater é a de casar a demanda da comunidade com o insumo e a infra-estrutura disponibilizados pelo programa, sob pena de, se a ATER não for atuante na comunidade e nos municípios, não construir as propostas de desenvolvimento com as famílias rurais, tais iniciativas serem confundidas como ações paternalistas.

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  9. Caros Odair e Rodrigo,
    O que vocês abordam são fundamentos importantes para que as políticas públicas sejam emancipatórias. A diferença entre distribuir sementes e implemantar um projeto de uma lavoura comunitária, está na ação educativa da extensão rural. Trabalhando o contexto do desenvolvimento da pessoa como cidadão.
    Sds.

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  10. Tenho visto a ATER cada vez mais compreendida como parte fundamental da resolução dos problemas sociais, ambientais e econômicos do país e o Agricultor Familiar não mais apenas como receptor passivo de políticas mas como parte da solução dos problemas históricos relacionados a políticas desatrosas do passado que contribuíram com o êxodo e com a probreza urbana e rural. Este novo papel do AF tem sido estimulado através das ações de organização das comunidades rurais tendo os CMDRS e PMDRS como síntese das aspirações locais. Há uma necessidade de fortalecimento destes espaços conquistados dando mais poder decisório aos conselhos, sem competir com o poder executivo local. Os CMDRS precisam do respaldo (legislação específica) que os permitem decidir sobre crédito rural, meio ambiente, educação e infra-estrutura rural, além disso os PMDRS devem ser tratados como projetos com verba garantida para sua execução. Com relação aos programas sociais é importante a distinção entre programas paternalistas e programas de segurança alimentar que estimulam as atividades produtivas e de agregação de valor como é o Programa Minas Sem Fome.

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  11. Caro José Silva,

    Entendo que você com a sua vivência como presidente da Emater MG e da Asbraer irá contribuir brilhantemente nesta audiência pública que se realizará no Senado Federal. E uma discussão antes é importante, para vermos como existem diferenças de entendimento sobre desenvolvimento rural e o papel da Ater. E também mostra o quanto temos que trabalhar para conseguirmos através das ações de Ater, construir políticas públicas emancipadoras. E sabemos que em um estado grande como o nosso, onde existe uma grande diversidade de conhecimentos, culturas, costumes, enfim, realidades distintas, a forma de atuação do extensionista é também diferente e os resultados da mesma forma. E é justamente esta a diferença que a Ater faz para se buscar o desenvolvimento rural e as políticas públicas, são importantíssimas, para em muitos casos tornar realidade o trabalho e as necessidades das comunidades rurais levantadas junto às mesmas.

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  12. Caro presidente,

    Se ao final da audiência ficar compreendido o papel e a importância da ATER, será um grande avanço rumo à definição orçamentária federal tão esperada, e na própria lei geral da ATER. Muitos de nós mesmos, desconhecemos esse papel e importância, que dirá o senado. O "portfólio" de programas, projetos e políticas públicas trabalhados hoje pela ATER, a exemplo da Emater-MG, se convergidos no espaço rural, como tratativa das necessidades, dos anseios e na melhoria de vida da população rural, é talvez o que a extensão e tanto quanto os Agricultores nunca experimentaram.

    Há pois, no tange ao papel da ATER, a necessidade de potencializar peculiar experiência extensionista e com foco na gestão social, cabendo ao CMDRS, como fórum legítimo de gestão. De igual importância, tornar o PMDRS um instrumento que materializa essas demandas e oportunidades, que chegam à todo momento às nossas mesas, quer seja via Minas Sem Fome, Pronaf, Abastecimento de água, Alimentação Escolar, PAA, Juventude Rural e outros tantos, que fazem parte do cotidiano extensionista.

    Já a importância da Ater, é facilmente percebida pelo fato de os extencionistas rurais ser os profissionais que detém maior capacidade de interferir na execução de Políticas públicas para o setor na perspectiva de qualificá-las como resultado efetivo na diminuição da pobreza rural, geração de oportunidades de trabalho e renda, processo sucessório no meio rural e etc, dando nossa contrapartida na construção de uma nova realidade rural.

    Daí, a ATER se tornar aos olhos do Senado, uma estratégia de ser um elo de ligação entre a intenção dos governos e o anseio do campo, no que se refere ao concreto acesso às poplíticas públicas, será pois o ganho da audiência.

    Cordialmente,
    Ademar Pires

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  13. Caro Julio,
    CMDRS é uma conquista da participação da sociedade na construção das políticas públicas. Como é um espaço democrático de participação, é também um processo educativo, que evolui com a participação. Concordo que é necessário construir arcabouço legal, que dê cada vez mais autonomia a este tipo de conselho. Por isso, nós da extensão rural, temos um papel fundamental nesta construção. Inclusive provacando os atores sociais ou beneficiários das destas políticas, para cada vez mais as decisões e a implementação das mesmas, sejam com a participação dos conselhos. Também concordo com você, que uma coisa são programas assistêncialista, outra são programas de segurança alimentar, como é o caso do Minas Sem Fome. Que da a oportunidade às pessoas de produzir seus próprios alimentos.
    Sds.

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