quinta-feira, 7 de maio de 2009

Em pauta, a sustentabilidade


Entrega de chocadeiras do projeto de Avicultura Familiar, do Programa Minas Sem Fome, em Riberão das Neves, dia 07

Caros amigos. Iniciamos esta troca virtual de saberes. Estou convicto, assim como muitos de vocês, que este espaço será mais uma forma de buscarmos os avanços para a extensão rural, garantindo mais espaço para a agricultura familiar e mais dignidade, renda e qualidade de vida para as famílias brasileiras. Sem dúvida, ferramentas modernas de TI são grandes aliadas para quebramos as distâncias físicas e estarmos mais unidos nesta luta por um mundo de mais igualdade.

Nossa expectativa é que cada vez mais a sociedade esteja consciente do papel da extensão rural como ferramenta de viabilizar políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do país. Sabemos que o papel da extensão rural é o de possibilitar que as famílias não só tenham o alimento, mas principalmente que saibam produzir e comercializar. Precisamos dar condições para que as famílias consigam caminhar sozinhas e melhorar de vida. É como eu disse, estivemos na cidade de Ribeirão das Neves acompanhando um projeto do Minas Sem Fome, que é de avicultura familiar. Em um primeiro momento as famílias receberam pintainhas e ração. Hoje, receberam as chocadeiras e não vão mais precisar do Programa.

Estamos vivendo um momento muito especial na agricultura familiar e na extensão Rural, graças ao alinhamento estratégico dos diversos atores protagonistas das políticas públicas brasileiras. Sabemos que um serviço que existe há 60 anos é sem dúvida nenhuma essencial para a sociedade, como é educação, saúde e segurança.

Mais conhecemos nossos desafios, sendo um deles a conquista da sustentabilidade da extensão rural. E um dos pilares desta sustentabilidade é fortalecer o caráter educativo da extensão rural como política de Estado.

Realmente, estamos inserindo a extensão rural nos debates nacionais. E sabemos que também é preciso mudar a forma de repasse de recursos do governo federal para os estados. Precisamos sair dos burocráticos convênios e conseguir mais recursos do governo federal, que hoje ainda participa com 10%, enquanto os estados garantem 80%.

Em relação às estratégias para a sustentabilidade, aproveito para convidar todos vocês para estarem em Brasília, no dia 09 de junho, às 9h30, no Senado Federal, para uma audiência pública sobre a sustentabilidade da extensão rural. É uma parceria da Asbraer, MDA, com a Frente Parlamentar em Defesa da Extensão Rural no Senado e na Câmara Federal, criada em 2005. Neste mesmo dia, pretendemos ter audiência com os Ministros Guilherme Cassel e José Múcio - do MDA e Articulação Política, respectivamente, para propor ao governo federal a criação do PAC da Extensão Rural.

Bem. As discussões continuam...

18 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Realmente José Silva, acredito que forma morosa de repasse de recursos através de convênios é cruel e atrapalha todos os planejamentos de implantação de programas e projetos. Para nós extensionistas, que estamos na linha de frente dos trabalhos, reflete diretamente na aplicação dos recursos como distribuição de sementes, mudas, insumos, materiais, acesso ao crédito e assistências técnicas que acabam por ocorrer geralmente fora de época. No final, para o agricultor, o que fica aparente é o descaso. Precisamos mesmo da aplicação direta dos recursos federais de forma menos burocrática e participativa. Assim acredito que empresa de extensão poderia gerenciar projetos realmente de forma sustentável onde seja respeitada a cultura, a economia, o mercado, as condições ambientais (climáticas e físicas do solo e água) de cada estado, região, município e chegando até a nível comunidade rural.

    ResponderExcluir
  3. Prezado Zé Silva, quando falamos em estratégias para a sustentabilidade, não consigo vislumbrar essa sustentabilidade sem a adequação ambiental das propriedades rurais, mas tornando as áreas de Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente efetivamente produtivas. Coisa que poucos conseguem visualizar. E essa produtividade vem através do aproveitamento de subprodutos agroflorestais, (frutos nativos, ervas medicinais, resínas, óleos, fibras, pólem, néctar, abelhas, sementes e outros) de forma a se ter benefícios mútuos, Legais e economicos/ambientais/sociais. Muitas das vezes não se trata de mudanças nas Leis já existentes, mas de mudanças de paradigmas. Voltando a valorizar saberes locais dos nossos antepassados e cultivar mais a extensão rural e nossas ferramentas - as Metodologias Participativas.
    Vamos levar mais essas discuções à Camara Federal e a Academia de Extensão Rural?!

    Abraços,

    Marco Aurélio B. Moreira

    ResponderExcluir
  4. Prezado José Silva,

    Parabéns pela criação do Blog.
    É interessante poder estar em contato com outros tantos "fãs" do "Zé Silva". Grandes líderes fazem a diferença em uma Empresa Pública. Creio que não só o povo rural mineiro está sendo beneficiado com seu trabalho na EMATER-MG e na ASBRAER, pois sua excelente atuação como líder colabora com o desenvolvimento mineiro e do Brasil!

    Sucesso! Grandes realizações!

    Rosana Corrêa

    ResponderExcluir
  5. Caro José Silva,
    Quando vemos um evento onde o pano de fundo é a sustentabilidade ficamos mais convictos que o Jeito Mineiro de fazer extensão rural está sendo construindo através de bases solídas e sustentáveis o que nós deixa orgulhosos pois este está sendo o caminho que nós levará a excelência. Parabéns a toda equipe de Ribeirão das Neves e que a sua liderança continue forte na extensão por este país a fora.
    Wellington Dias Silveira

    ResponderExcluir
  6. Caro José Silva,
    Quando vejo iniciativas como esta de dar espaço e visibilidade para a extensão rural diretamente ligada á sustentabilidade, fico muito feliz e agradeço a Deus de poder fazer parte deste processo e saber que sem a extensão rural disponibilizando e educando nossos agricultores familiares com estes princípios não conseguiríamos visualizar um futuro promissor para as gerações futuras.
    agradeço e ficaremos em contato

    ResponderExcluir
  7. Prezados amigos do Blog do Zé Silva


    Quero partilhar com vocês uma opinião sobre a origem de bons projetos de extensão rural. Da mesma forma que líderes são formados de dentro para fora, ou seja, do íntimo da alma humana, seus desígnios e missão para o mundo exterior, os verdadeiros extensionistas, que são líderes natos, têm no imo do seu ser o dom para educar. Quero compartilhar com o novo amigo Sotero Greco a mesma opinião. Ele disse: - "existem extensionistas e extensionistas. Ser extensionista é um dom que aprimoramos...".
    Quero a partir da reflexão do Sotero, lembrar que o projeto de Ribeirão das Neves, o das chocadeiras, adveio de uma conversa informal dos extensionistas locais e gerente, sobre a sustentabilidade e ampliação do Projeto local de Avicultura do Programa Minas Sem Fome. Essa idéia surgiu naturalmente da busca permanente do combate à pobreza local. Da mesma forma, o projeto de abastecimento de água das comunidades rurais do Norte de Minas surgiu de uma discussão do nosso Zé Silva (Ele já não é dele, ele é nosso) com líderes comunitários, em que agradeciam as sementes do projeto lavouras comunitárias, mas o que mais obstaculizava o desenvolvimento sustentável era a falta de água nas casas dos agricultores familiares. Daí surgiu esse revolucionário projeto de dignidade de cidadania das famílias rurais do norte mineiro. Pois bem, as demandas são claras, os projetos são simples, precisamos apenas ouvir, processar e acreditar que tendo uma liderança ativa e centrada podemos realizar nossos sonhos... o sonho de um Brasil Rural transformado pelas mãos da Extensão Rural.

    Abraços

    Quaresma

    ResponderExcluir
  8. Caro Péricles,
    Este é nosso desafio. Convencer certos setores do governo federal a natureza do serviço de Extensão Rural- que depende de fatores climáticos,ambientais,etc.
    Estamos num bom momento, mas de muito risco. Com certeza em 2011 assumirão novos governoadores, outro presidente da república... E aí ? Temos que garantir estes avanços. Por isso estamos buscando ocupar todos espaços possíveis através da Asbraer para garantir os avanços até aqui conseguidos...
    Sds,
    José Silva

    ResponderExcluir
  9. Caro Marco Aurélio,
    Concordo que os próximos anos serão de embate sobre as questões ambientais. E os produtores rurais não podem ser considerados os vilões nesta história. Você já refletiu a diferença na interpretação das leis de licenciamento ambiental para implantar atividades nas cidades e no meio rural? E quem paga para os produtores preservar nascentes, as matas ciliares, o ar puro,etc ?
    Veja que será muita discussão...
    Sds,
    José Silva

    ResponderExcluir
  10. Cara Rosana,
    A vida é um caminhar de aprendizado. E chega um momento em que é necessário compartilhar, interagir e integrar objetivos comuns em favor de causas para um mundo mais justo e solidário.
    E a causa da Agricultura Familiar e da Extensão Rural é sem dúvida um desafio para todos nós...
    Sds,
    José Silva

    ResponderExcluir
  11. Caro Wellington,
    O exemplo do programa de avicultura familiar na cidade de Ribeirão das Neves é a prova viva de que ações mais simples tem mais chances de êxito.Principalmente quando é feita com a participação de todos. Sugiro visitar o endereço- www.globo.com no mgtv1, que mostra uma reportagem muita boa sobre este projeto.
    Sds,
    José Silva

    ResponderExcluir
  12. Caro Eduardo,
    Estaremos sempre juntos neste desafio. E, é claro sempre criando ou conquistando novos espaços...
    Sds,
    José Silva

    ResponderExcluir
  13. Caro Quaresma,
    Como disse a música do poeta:
    "Só levo a certeza de que nada sei...". Mas uma coisa é certa: Temos que aprender muito a ouvir. É ouvindo que vamos " tocando" os projetos mais simples. E são estes projetos que transforma a vida das pessoas.
    Sds,

    ResponderExcluir
  14. A simplicidade do projeto que nasceu de um desejo da comunidade, o sucesso que teve do primeiro passo dado até chegar a emancipação, mostra a eficiência no "jeito" que a EMATER-MG trata questões de segurança alimentar, da melhoria da qualidade de vida e principalmente da auto-estima dos beneficiários de suas ações. Frase clássica, mas que ainda não tem sido colocada em prática pela maioria dos nossos líderes: "Não adianta dar o peixe, temos que ensinar a pescar".
    Quer aprender? Vem que nós (EMATER-MG) ensinamos...

    ResponderExcluir
  15. A Emater - MG a partir dos programas estruturadores vem ocupando espaços que nunca foram desenvolvidas ações.Entre os programas podemos citar o Programa Minas Sem Fome, tratar da questão Segurança Alimentar diretamente com a comunidade, ferramenta para ações do verdadeiro extensionista, a partir da Metodologia Participativa de Extensão Rural para o Desenvolvimento Sustentável (Mexpar). A empresa vem mostrando o "Jeito Mineiro de Fazer Extensão Rural". Parabéns, hojé somos uma empresa a fente no Desenvolvimento Sustentável Local.

    ResponderExcluir
  16. Caro Ataliba,
    O mundo vive o dilema da gestão. Tanto no setor público como no setor privado. Exemplo é as grandes corporações americanas desmoronarem e o resultado é a crise mundial...
    Por isso é imperativo ter foco e utilizar ferramentas e metodologias de gestão que permita tomada de decisão com parâmetros técmicos...
    Assim é também para os empresários do agronegócio. Independendte do porte do empreendimento.
    Sds,
    José Silva

    ResponderExcluir
  17. Prezado José Silva,

    A extensão rural é uma rede de conhecimento extremamente rica. Espaço de discussão como este tem muito que contribuir para o desenvolvimento de uma Extensão Sustentável, através de discussões e troca de informações. O extensionista está sempre em busca de soluções para as questões que envolvem a extensão rural.
    O ciclo que passamos hoje na extensão tem como foco a formação de uma base para uma nova extensão no Brasil. A mudança de paradigmas que este movimento esta causando é de grande impacto uma vez que a extensão proposta tem como sua base a sustentabilidade. É uma extensão que valoriza as pessoas e tudo que a envolve. Uma extensão que possui um foco bem definido e que tem no associativismo o seu elo mais forte, muito bem evidenciado em Minas Gerais, através dos programas estruturadores e principalmente na excelência na gestão. Com esta rede, o desafio da conquista da Sustentabilidade da Extensão Rural será alcançado na sua totalidade.

    Odair José Gerônimo
    EMATER-MG

    ResponderExcluir
  18. Caro Odair,
    Sempre haverá novos desafios. Atualmente estamos num momento de avanços e de celebrar conquistas importantes. O fortalecimento da rede de extensionistas é o primeiro passo para sermos mais fortes.
    Sds,
    José Silva

    ResponderExcluir