segunda-feira, 5 de outubro de 2009

IBGE divulga censo agropecuário

Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Censo Agropecuário 2006 que traz uma novidade: pela primeira vez, a agricultura familiar brasileira é retratada nas pesquisas.

A pesquisa mostrou que existem 4.367.902 estabelecimentos de agricultura familiar. Os dados também mostram que a agricultura familiar foi responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%). O valor médio da produção anual da agricultura familiar foi de R$ 13,99 mil.

Outro resultado positivo apontado pelo Censo 2006 é que 12,3 milhões de trabalhadores no campo estão em estabelecimentos da agricultura familiar (74,4% do total de ocupados no campo). Ou seja, de cada 10 ocupados no campo, sete estão na agricultura familiar, que emprega 15,3 pessoas por 100 hectares.

Dois terços do total de ocupados no campo são homens. Mas o número de mulheres é bastante expressivo: 4,1 milhões de trabalhadoras no campo estão na agricultura familiar. As mulheres também são responsáveis pela direção de cerca de 600 mil estabelecimentos de agricultura familiar.

O Censo Agropecuário 2006 revela ainda que dos 4,3 milhões de estabelecimentos, 3,2 milhões de produtores são proprietários da terra. Isso representa 74,7% dos estabelecimentos com uma área de 87,7%.

Veja a matéria completa no site da Asbraer: www.asbraer.org.br


3 comentários:

  1. Presidente Zé silva,

    E ainda tem gente que questiona a importância da Agricultura Familiar. Os dados apresentados pelo IBGE falam por si mesmos. Contra fatos não há argumentos. Mais uma razão para comemorarmos.
    Não há dúvidas: o trabalho com a Extensão Rural, no Brasil, tem sido levado a sério pela maior parte dos profissionais da Área.

    Um abraço,
    Parabéns, pela forma que o Senhor tem liderado esse trabalho.

    Rosana Corrêa

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  2. Maísa Alves,

    Adorei a Matéria em relação ao Censo Agropecuário, lida no site da ASBRAER.
    Visitei alguns dos blogs que você é seguidora, e adorei o "chega de bagunça" e o, do André Azevedo.
    Em relação a "migração" dos jovens rurais, realmente, acho uma péssima idéia na atual conjutura. O mercado de trabalho está saturado, mesmo nos municípios de pequeno porte como é o caso do meu.
    Dos meados da década de 90 para cá, um jovem rural tem maior dificuldade de enfrenta o mercado de trabalho do que anteriormente. A revolução tecnológica mudou tudo... é uma questão estrutural, e a mão-de-obra sem qualificação tem cada vez mesmo valor.
    Acredito, também, que o jovem rural tem uma cultura imensa a oferecer, resta saber é se os grandes centros estão preparados para valorizar essa culura.
    Que os jovens rurais abandonem o campo se assim o desejarem, mas que não sejam empurrados pela miséria e falta de qualidade de vida.

    Um abraço,
    Rosana Corrêa

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  3. Olá Presidente e companheiros!

    É interessante que no mês passado trabalhei o tema Agricultura Familiar com os jovens do Projeto Transformar e utilizei os dados do Censo Agropecuário de 95/96 e da Pesquisa FAO/INCRA 2000. Ao fazer uma comparação com os dados do último Censo, observei que pouca coisa mudou, o que me deixou um pouco preocupado depois de tanta energia despendida pela ATER em todo o País e pelo maior aporte de crédito que a AF recebeu de lá pra cá, e ainda considerando que aumentou o número de estabelecimentos de 4,1 milhões para 4,36 milhões. Então, será onde erramos?

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