A experiência no Chile foi bastante rica. Várias lições e conhecimento que vamos compartilhar. Nesta semana, nossa conversa é sobre a missão técnica. Os representantes dos estados brasileiros que estiveram no Chile e eu estaremos on-line, nesta terça-feira, dia 02, das 16 às 17 horas, num bate-papo sobre a agricultura chilena.
Espero por você aqui no blog!
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PENA QUE ESTAREI NO CAMPO FAZENDO O TRABALHO QUE É NECESSÁRIOE E NÃO PODEREI ESTAR ONLINE, MAS PARABÉNS POR MAIS ESSA ETAPA, QUE ELA SEJA FRUTÍFERA CARO JOSÉ SILVA SOARES.ABRAÇOS, APARECIDO EDER GRESPAN
ResponderExcluirPresidente infelizmente não poderei participar do bate papo as 16:00 hs, mas deixo a minha pergunta ligada ao setor da "Comunicação"
ResponderExcluirChile é um pais que possui algumas instituições governamentais com ações no setor da agricultura parecido com Minas Gerais, a Fundação de Comunicação, Formação e Cultura, Agricultura, FUCOA no Chile, é uma rede de comunicação no setor rural de logo alcance que é valorizado pelo governo.
Gostaria de saber do presidente:
Quais são as ações desta instituição FUCOA no Chile?
Em Minas como o presidente ver esta ferramenta de comunicação?
Como podemos realizar ações parecidas no estado utilizando a extensão rural Mineira?
Forte Abraço.
Caro Presidente
ResponderExcluirInfelizmente, neste horário tenho que me deslocar até a nossa Secretaria de Agric por um chamado do Secretário no horário da troca de experiência, contudo deixo algumas observações e comparação com o nosso trabalho.
Ademir Antonio Rodrigues - Diretor Técnico do Instituto de Assist Tec e Extensão Rural do Paraná
Boa Tarde pessoal...
Chamou-me muito a atenção a Instituição INDAP, que é o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Chile, semelhante a nossa emater aqui, este Instituto praticamente coordena os serviços que são muito mais de Assistência Técnica e pouco de Extensão Rural.
O INDAP credencia técnicos e empresas e estas elaboram projetos para grupo de produtores, estes projetos são avaliados pelo INDAP e os melhores tem um grande apoio do governo para sua implantação.
Neste contexto, ocorre que sempre os produtores mais instruídos, capitalizados, acabam utilizando a grande maioria dos recursos. A proposta me pareceu bastante excludente pois pequenos campesinos que quiserem acessar recursos terão que primeiro se organizar entre eles, buscar técnicos que queiram trabalhar com pequena produção e entrar com pedido de aprovação de projeto junto ao INDAP. Na verdade não estão descartados do processo, mas as condições colocadas favorecem os grandes empreendimentos.
O período da ditadura militar ainda tem feridas fortes no Chile e os campesinos que no passado tinham fortes organizações sindicais, cooperativistas, associações e que foram totalmente desarticuladas pela ditadura com repressão forte, até hoje tem receio de se organizar em grupos.
Cadeias Produtivas no Chile - Impressiona o profissionalismo com que tratam as Cadeias produtivas selecionadas pelo governo para serem apoiadas. O método consiste em uma pesquisa internacional sobre o que o consumidor deseja em termos de produto (maças, cerejas, framboesa, uvas, salmões, vinhos, etc...)
O trabalho todo é direcionado em cima do que o mercado mundial deseja comprar e que o Chile tem condições de clima/solo para produzir. Abrem-se editais para projetos que atendam estes requisitos e existe uma grande concorrência para acessar estes projetos.
Os que acessam os recursos tem que cumprir com todas as exigências do compromisso internacional e para isto vão buscar a assistência técnica aonde ela estiver para dar conta do recado. Atuam em toda a cadeia produtiva e com visão sempre para o mercado internacional.
Para que estas cadeias produtivas se desenvolvam ocorre no Chile existem parcerias público privada que deram certo até agora e o Chile realmente se destaca no contexto de produção de alta qualidade e direcionada para o mercado mundial.
Esta forma de trabalho tem o seu lado positivo, mas também tem as suas implicações, por exemplo, a produção de SALMÃO, (sul do Chile) hoje está encontrando problemas sérios por conta de uma doença que atingiu a alevinagem e isto põe em risco toda uma cadeia produtiva e por conseqüência o produtor que atua somente em uma cadeia produtiva com o risco de desestruturação do seu negócio.
Esta visão apenas de mercado tem levado à algumas preocupações por parte do Governo do Chile. A crise do neoliberalismo fez diminuir o tamanho do Estado e hoje já se pensa em rever algumas estratégias para que o País fique mais equilibrando nesta relação.
Caro Ademir
ResponderExcluirRealmente podemos tirar muitas lições. Uma delas é que o Chile tomou a decisão de focar a maioria de suas políticas públicas no mercado. Assim percebemos que as desigualdades são muito grandes no país, entre os mais ricos e os mais pobres...
Sds
José Silva
Caro Ataliba
ResponderExcluirNão conhecemos esta entidade no Chile. Vimos que o país tem claramente a opção de produzir para exportação. A fundação que nos recebeu- a Fundação Crate- criada a 30 anos pela igreja católica para apoiar os campesinos( agricultores familiares no Brasil)que não produz para exportação.
Quanto a comunicação temos trabalhado na Emater e na Asbraer para que cada vez mais seja uma ferramenta de gestão e para dar transparência ao trabalho da Extensão Rural.
Sds,
José Silva
Boa tarde, a todos os presentes!
ResponderExcluirCaro José Silva,
ResponderExcluirO que você acha da possibilidade de adptar as experiências vistas no chile,para a nossa fruticultura, que ora se inicia no Vale do Jequitinhonha, em especial, nossos trabalhos com a frutivale.
abraços,
Durães e Ewerton
Presidente,
ResponderExcluirDe todas as experiências bem-sucedidas na área da Agricultura do Chile, qual delas o Senhor considera viável a implantação no Brasil?
Boa tarde a todos!!!
ResponderExcluirGostaria de agradecer este espaço e a oportunidade de interagirmos sobre agricultura familiar e extensão Rural.
saudações
Eduardo
Caros Durães e Ewerton,
ResponderExcluirO Chile tem claramente uma poção de produzir o que o mercado compra, como compra e quanto no máximo pode pagar. A partir deste cenário poderemos adotar principalmente esta dinâmica de trabalho aqui em Minas e em especial no vale do jequitinhonha. Da-nos uma boa confirmação da importância que foi criar na Emater-MG uma estrutura para preparar nossos profissionais para trabalhar mais fora da porteira.
Sds,
José Silva
Cara Rosana,
ResponderExcluirA principal lição é que o Estado tem que ser forte no apoio à agricultura. Definindo claramente os mecanismos de fomento. Um exemplo prático disto no Chile é que em cada região do país tem uma estrutura com equipe especializada para apoiar o sistema florestal. Por ser a madeira um dos quatro produtos mais importantes na balança de exportação.
Sds,
José Silva
Caro Eduardo,
ResponderExcluirConhecimento só tem valor quando ele é compartilhado. E aqui estamos juntos construindo uma nova consciência através da interação de experiências.
Sds,
José Silva
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaro José Silva,
ResponderExcluirGostaria de saber mais à respeito da assistência técnica ofertada por esta fundação crate, voltada aos agricultores familiares que não se inserem na lógica do mercado externo.
Como é o desenvolvimento das políticas públicas no Chile??
ResponderExcluirPresidente,
ResponderExcluirA boa organização da Agricultura no Chile pode ser um reflexo de um bom nível de alfabetização política do povo chileno?
Caro Eduardo,
ResponderExcluirEsta fundação tem uma equipe de aproximadamente 200 profissionais de diversas áreas do conhecimento. Criada durante a ditadura militar, hoje tem como fonte de recursos organismos internacionais e o próprio governo chileno. Lá no Chile, os campesinos que não são atendidos pelo INDAP recebem um subsídio do governo para pagar assessoria técnica, que pode ser de uma entidade ou de profissionais liberais. É feita uma chamada para o cadastramento destes interessados.Uma espécie de licitação. Os grupos de campesinos ou mesmo de forma individual inscrevem seus projetos agrícolas e os técnicos apresentam suas propostas. A melhor proposta para o campesino ou grupo de campesinos é aprovada e o técnico contratado por um ano. No final é avaliado o resultado do trabalho e o contrato do profissional é renovado ou não .
Sds,
José Silva
Caro Edson,
ResponderExcluirO Chile fez a opção de focar a maioria de suas políticas no mercado de exportação. Tendo como principais produtos agrícolas, frutas, pescado, vinhos e madeira. É inclusive um dos países do mundo com maior abertura de suas fronteiras para a entrada de grupos internacionais. Com 87 tratados de livre comércio. Tem 3 entidades fundamentais nestas políticas:
1-PróChile- Que faz todos estudos de mercado,edafoclimáticos, viabilidade econômica e financeira para instalação de novos empreendimentos;
2-Fundação Chile- Que a partir destes estudos implanta estes empreendimentos e quando claramente estão viabilizados, vende-os;
3-Fundação Crate- Que apoia o segmento dos campesinos que não enquadram na situação acima.
Creio que em 30 dias iremos estar com o Relatório da Missão Técnica pronto e publicado no portal da Asbraer, onde vocês poderão ver com mais detalhes.
Sds,
José Silva
Cara Rosana,
ResponderExcluirA educação sem dúvida é mais importante fator de garantir a redução de desigualdades. No Chile que é juntamente com Brasil os dois países mais desiguais da América Latina, o ensino superior é todo privado.
Sds,
José Silva
Por favor, alguém do Blog me indique onde vou estudar sobre como entender o funcionamento das conversas ON-LINE em um "BLOG". Eu já contei que é a primeira vez que faço parte de um Blog. E como diz aqui na minha terra: "EU BEBI BARRO!".
ResponderExcluirUm abração! Boa Tarde!
Rosana
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrezado José Silva,
ResponderExcluirPude perceber que a visita ao Chile procurou abranger o máximo de temas/assuntos pertinentes a nosso cotidiano.
No entanto a questão da Segurança Alimentar, Saneamento e Agroindústria Caseira, assuntos quase sempre legado aos extensionistas de Bem Estar Social da EMATER-MG, não foram abordados nesse bate papo.
Dentre esses assuntos, existe algo que se assemelha ou é igual ao que temos por aqui?
O que você nos diz das experiências que foram vistas lá?
Grande abraço
Alessandra Silva
Cara Alessandra,
ResponderExcluirLá no Chile também as equipes são multidisciplinares. Atuam desde a organização, tecnologias, inovações, agregação de valor, foco forte no mercado e qualidade.
Sds,
José Silva
O Chile fez um posicionamento estratégico de sua economia, iniciado nos anos 70 e 80, durante a ditadura Pinochet, que privilegiam uma economia muito competitiva voltada para exportação e um grau de pequena intervenção do governo na economia. Contudo,o século XXI mostra que o Estado não pode se esquivar de ser um agente coordenador e indutor da economia via políticas públicas. Sabemos também que o governo chileno pós-ditadura, cuja coligação de centro esquerda está no poder desde 1990, vem tentando mudar o modelo em suas imperfeições. Na sua viagem, isso ficou claro? Ou os chilenos continuam apostando no sucesso de seu modelo?
ResponderExcluirCaro Presidente,
ResponderExcluirA EMATER-MG com certeza desenvolveria pelo que entendi um grande trabalho na área de extensão rural no Chile, somos especialista em extesão rural.Eles são melhores do que nós na parte de comercialização(apoio governamental)fico imaginando se tivessemos este apoio, o quanto poderíamos melhorar a renda do agricultor familiar(que não seja preço mínimo)e sim trabalhar a qualidade e a sanidade dos produtos,ofertando um produto de melhor qualidade para o consumidor final.
A experiência vivenciada desta sua visita deve ter sido muito enriquecedora. Parabéns!
Caro Everton,
ResponderExcluirPercebe-se claramente esta postura que o governo chileno vem tomando para corrgir as imperfeições, que se acreditava que o mercado resolveria. Realmente há uma tendência, diria que mundial, deste novo estado, que podemos chamar de Estado necessário.Até porque também é claro no Chile o quanto o país é desigual.
Sds,
José Silva
JS, vc chegou a conhecer as áreas com fruticultura no Chile?
ResponderExcluirCaro Sanabio,
ResponderExcluirConhecemos as áreas de fruticultura que é uma das cadeias produtivas mais importantes na balança comercial chilena. Há um sistema em que pequenos grupos de fruticultores são integrados a grupos empresariais que exportam para países europeus, Japão e Canadá. Um ponto que chamou a nossa atenção foi que não há muito o hábito do consumo de frutas no país. Inclusive nos hoteis...
Sds.