quinta-feira, 25 de junho de 2009

Acesso aos recursos do Plano Safra

Nesta última segunda, dia 22, o Governo Federal anunciou o Plano Safra 2009/2010, com uma boa novidade para a agricultura familiar: o seguro para financiamento de investimento.
Outra boa notícia, foi a garantia do Programa Mais Alimentos por mais um ano. Programa este com juros de 2% ao ano, com até 10 anos para pagamento, e com possibilidade de financiar até R$ 100 mil por produtor. Programa que possibilitou em 10 meses, que 10 mil novos tratores fossem colocados no campo a serviço da agricultura familiar. É bom ressaltar que este número de tratores representa 43% das vendas de todo o País.

O desafio agora é que os agricultores tenham acesso aos recursos do Plano Safra, que este ano é de R$ 107,5 bilhões, sendo 15 bilhões para a agricultura familiar e 92,5 para a agricultura de base comercial. A trava continua sendo a burocracia e as garantias.

E este assunto dá um bom debate. Para conversarmos mais sobre isto, nos encontramos amanhã, às 11 horas, aqui no Blog.

Espero vocês!

9 comentários:

  1. Caro JSS falando em travas nos projetos de investimento, observo que com os custos de produção elevadíssimos boa parte dos agricultores familiares já não conseguem ter viabilidade econômica para seus projetos.

    ResponderExcluir
  2. Caro Presidente José Silva, sem duvida, mais uma vitória que precisamos comemorar.
    O MAIS ALIMENTOS é uma grande oportunidade que a Agricultura Familiar possue de equipar e se estruturar para vencer novos desafios, além de se tornar mais competitiva e eficiente.
    Nesse processo, a "Extensão Rural de um Novo Tempo" é fundamental e certamente fará sua parte no processo.
    Precisamos dessa rede de ATER cada dia mais forte e consistente em prol da Sustentabilidade do meio rural e da Agricultura Familiar.
    Contamos com sua LIDERANÇA...
    Saudações alvi celestes...
    Milton.

    ResponderExcluir
  3. Caro José Silva:
    O que vc acha destas considerações:
    a) O grande entrave da exigência de garantias já é de grande conhecimento de todos e há alguns anos foi sugerido de se criar um Fundo de Aval, que não saiu do papel.... Seria uma solução para muitos casos...
    b) Sempre incentivamos ao agricultor fazer um seguro de vida no valor da cédula, e no caso de aquisição de máquina e veículos , seguro total destes. Este seguro poderia se tornar obrigatório e o valor financiado junto com os bens. Vc informou que no novo plano safra o seguro de investimento será implantado. Então os agentes financeiros poderão flexibilizar as exigências de garantias... Teremos de articular isso...
    c) De acordo com as especificidades de cada região, a extensão rural deve incentivar de forma mais agressiva a mecanização e irrigação, através de equipamentos adequados a cada porte de família e atividades, onde devemos estar atentos para não superdimensionar os equipamentos. E também o programa deveria ter maior facilitação para os projetos associativos, pois, tão importante quanto aos tratores, é a disponibilização de implementos, para as mais diversas atividades rurais, que podem ser adquiridos em grupos, pois a utilização de implementos por agricultores familiares é subutilizada, se de propriedade individual, como colhedoras de forragem, colhedoras de milho grão, batedeira de cereais, encanteiradeiras, terraceador, distribuidoras de calcário, subsolador, sulcador, pulverizador, carreta, plantadeira, etc. Temos de evoluir essa cultura tradicional que mecanização é trator grande com arado e grade niveladora, para revolver o solo e dispersá-lo...

    Afrânio Nogueira – Esloc de Mateus Leme

    ResponderExcluir
  4. Caro Afrânio,
    Você tem razão, mas o fundo de aval não avançou por falta de decisão políticia favorável, gestão e o próprio aparato legal necessário. O seguro é uma política pública já consolidada na maioria dos países desenvolvidos que tem na agricultura uma atividade importante para sua economia. Já a mecanização agrícola, é um ponto que a agricultura familiar ficou pelo menos 2 décadas sem nenhum programa específico de apoio. Com o programa Mais Alimentos, em 10 meses, foram mais de 10 mil tratores e 36 mil implementos colocados no campo. Que sem dúvida nenhuma facilita a vida do agricultor.
    Sds,

    ResponderExcluir
  5. Caro Péricles,
    Cada vez mais é necessário investir em tecnologia e inovação, para aumentar a produtividade e reduzir os custos. Além disso, a extensão rural deverá passar a atuar com os agricultores em dois pontos fundamentais: gestão e mercado.
    Sds

    ResponderExcluir
  6. Aqui no municipio de Rubelita dos dois potencialmente interessados em adquirir um trator pelo programa Mais Alimentos, nenhum conseguiu devido estes entraves. O Programa ainda não é totalmente inclusivo, quando não sensibiliza pela perspectiva que o produtor tem de com sua força de trabalho chegar a um patamar que o Banco e ou Programa determinam como condição para enquadramento.

    Paulo Edson
    Esloc Rubelita

    ResponderExcluir
  7. Caro Milton,
    Com certeza, precisamos das rede de ATER, e também de Comunicação, cada dia mais fortes, para garantirmos mais sustentabilidade à agricultura familiar. Ontem e hoje estamos em Cuiabá, no Fórum de Comunicação Rural, onde participam as Instituições de Assistência Técnica e Extensão Rural das Regiões Centro-Oeste e Sudeste. Durante os dois dias, estamos conversando sobre o uso e desafios das novas tecnologias de comunicação frente ao trabalho da extensão rural. E uma coisa é certa, a organização que não investir em comunicação ficará para trás. Hoje a comunicação precisa ser tratada como ferramenta de gestão, sendo estratégica nos processos informativos, de relacionamento e na gestão do conhecimento.
    Sds.

    ResponderExcluir
  8. Caro Paulo,
    Temos discutido no comitê nacional do Mais Alimentos,que é composto pelos presidentes da ANFAVEA, ABIMAQ, BANCO DO BRASIL, BNB, ASBRAER sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, os principais entraves. Gostaria que nos enviasse quais foram estes entraves, que vamos incluir na pauta do dia 03/07 em reunião do comitê que acontecerá em São Paulo, na sede da ANFAVEA. Já avançamos muito, mas podemos avançar muito mais...
    Sds.

    ResponderExcluir
  9. Caro Presidente José Silva, não há dúvidas de que este é um momento único para a agricultura, tanto familiar quanto para demais agricultores. Diante do anúncio de valores históricos de recursos para serem aplicados, e veja bem esta última palavra, "aplicados", e este ponto sempre deve ser discutido, uma vez que na análise de planos anteriores, percebe-se que os valores não são totalmente aplicados, quer dizer, não chegam a todos os produtores que precisam. O que nos chama a fazer uma refrexão e tentar analisar a disponibilidade do recursos para diferentes realidades de produtores. Um outro ponto seria o seguro agricola do país, que na minha opinião esta longe de ser o ideal, os níveis de produtividade considerados ainda são as médias nacionais, bem aquem da realidade de algumas localidades mais tecnificadas, como exemplo cito as produtividades que são asseguradas no caso da cultura de milho, que não chegam nem a 6000 kg/hectare.

    Dener H. Castro
    São Gotardo

    ResponderExcluir