Agronegócio segura o Brasil, mais uma vez

Quem duvida que o Brasil ainda é uma "roça grande"? Pois é, não só culturalmente, a população brasileira tem suas raízes fincadas no campo. Prova disto são os resultados do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o PIB global do País recuou 0,8% entre janeiro e março deste ano. Só que, em 2008, a soma das riquezas geradas pelo campo brasileiro foi 6,79%, superior ao PIB global do País, que foi de 5,1%.

A crise dos alimentos, e depois a crise financeira, prejudicaram fortemente o desempenho do agronegócio a partir de outubro de 2008. Mas uma coisa é certa, ninguém vai deixar de comer. E quem está segurando a barra é a agricultura.

Fortalecer a extensão rural no coração do Brasil

Nesta quinta e sexta, 25 e 26, acontece, em Cuiabá, o Fórum de Comunicação Rural e Extensão Regional das Regiões Centro-Oeste e Sudeste. Estamos conversando sobre o uso e desafios das novas tecnologias de comunicação frente ao trabalho da extensão rural. Uma oportunidade para reconhecermos a importância estratégica da comunicação nas organizações.

Na tarde do dia 25, estivemos com o presidente da Assembléia Legislativa do Mato Grosso, deputado Riva. Discutimos a importância da extensão rural como ferramenta de implementação de políticas públicas para a redução das desigualdades entre pessoas e regiões, bem como para levar inovações, conhecimento e tecnologia para a produção de alimentos, geração de emprego e renda para as familias rurais. No Mato Grosso, são 150 mil agricultores familiares.

O tema destaque da conversa foi o fortalecimento da Empaer-MT, com aumento de recursos do tesouro do Estado, além, é claro, da necessidade de contratar novos profissionais, investir em melhorias e equipamentos e na capacitação dos profissionais, para atenderem com mais qualidade os agricultores.

Participaram da reunião o presidente da Empaer-MT, Lourenço Pinheiro, o presidente da Agraer-MS, José Roldão, o presidente da Ruraltins e diretor da região Norte da Asbraer, Sebastião Pelizari.

Acesso aos recursos do Plano Safra

Nesta última segunda, dia 22, o Governo Federal anunciou o Plano Safra 2009/2010, com uma boa novidade para a agricultura familiar: o seguro para financiamento de investimento.
Outra boa notícia, foi a garantia do Programa Mais Alimentos por mais um ano. Programa este com juros de 2% ao ano, com até 10 anos para pagamento, e com possibilidade de financiar até R$ 100 mil por produtor. Programa que possibilitou em 10 meses, que 10 mil novos tratores fossem colocados no campo a serviço da agricultura familiar. É bom ressaltar que este número de tratores representa 43% das vendas de todo o País.

O desafio agora é que os agricultores tenham acesso aos recursos do Plano Safra, que este ano é de R$ 107,5 bilhões, sendo 15 bilhões para a agricultura familiar e 92,5 para a agricultura de base comercial. A trava continua sendo a burocracia e as garantias.

E este assunto dá um bom debate. Para conversarmos mais sobre isto, nos encontramos amanhã, às 11 horas, aqui no Blog.

Espero vocês!

Fórum de Ater

Lançamento da publicação da Embrapa Milho e Sogro - “Cultura do Milho”

Começou hoje, 22 de junho, o Fórum de Gestores de ATER – Dirigentes e Gerentes de Planejamento. O evento realizado pela Asbraer em convênio com o MDA reúne hoje, e a amanhã, 22 e 23 de junho, dirigentes de 26 estados, além de representantes do Mistério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Academia Brasileira de Extensão Rural (Aber), que é a inteligência da Extensão Rural Brasileira.

Durante estes dois dias discutiremos assuntos como o Plano de Aceleração do Crescimento da Extensão Rural (PAC Ater), a Lei Geral de Ater, o Pronaf Sistêmico e o Programa Mais Alimentos.

Hoje também aconteceu o lançamento da publicação da Embrapa Milho e Sogro - “Cultura do Milho”, com a presença da Vera Maria Carvalho Alves, chefe-geral da Embrapa de Sete Lagoas-MG e do diretor da Embrapa, Geraldo Eugênio.

Plano Safra

Nesta segunda-feira, dia 22, será o lançamento do Plano Safra 2009/10, na cidade de Londrina, no Estado do Paraná.

Extensão rural cumpre seu papel

O Programa Mais Alimentos foi criado com objetivo de superar a crise dos alimentos. Na época, nem se pensava na crise financeira. Foram selecionados alguns produtos importantes para a economia brasileira, e principalmente, para a mesa dos brasileiros.

A Asbraer faz um acampanhamento mensal da evolução da produção em todos Estados da Federação, por meio de suas associadas. Sete produtos selecionados tiveram aumento de produtividade: leite – 18,25%, milho – 9,3%, mandioca – 13,4%, feijão - 8,9%, arroz – 6,3%, trigo – 5,4% e café - 7,6%. Também foi registrado um aumento de 7,8 milhões de toneladas de produtos.

Já no crédito, foram comercializados 10 mil tratores em 10 meses, o que representa mais de 40% dos tratores comercializados no país. E os agricultores não pagaram nenhum centavo para as entidades da Ater.

Extensão rural em debate nacional

Cada vez mais, a Extensão Rural conquista espaços importantes nos debates nacionais e ganha terreno para a viabilização das principais políticas públicas para o campo brasileiro. Nesta quinta-feira, dia 18, em reunião no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, discutimos o Programa Mais Alimentos.

A reunião, com participação do presidente Lula, teve a coordenação do Ministro Guilherme Cassel, que convidou as entidades a darem depoimentos sobre a evolução do Programa nos dez primeiros meses. A Anfavea destacou a importância da integração entre os setores da indústria, agricultores e governos, além de ressaltar a abrangência do Programa e oportunidades para milhares de agricultores modernizarem a forma de produzir.

Já o diretor do Banco do Brasil, Guedes, destacou que o Pronaf é o mais importante Programa dos últimos 40 anos para agricultura familiar brasileira. Também divulgou que, para o próximo Plano Safra, o Seguro Rural para a agricultura familiar terá uma queda de 58% no prêmio a ser pago pelo agricultor.

Pelas entidades dos agricultores, o presidente da Contag ressaltou a importância da Ater para qualificar o crédito, inclusive ajudando a evitar o endividamento. Também argumentou que o Programa Mais Alimentos não é só para a compra de máquinas e equipamentos, e sim para o desenvolvimento da agricultura familiar. Criticou a concentração do Programa no sul do País, confrontando com as necessidade das regiões norte e nordeste, que são maiores que as do sul e sudeste. Já a Fetraf destacou também a importância da Ater integrada com a pesquisa, e a necessidade do BNB deslanchar no Programa.

Outro ponto importante da reunião foi a fala do representante do Ministério da Fazenda, que informou sobre a segurança do Mais Alimentos em relação à oscilação dos preços agrícolas, pelo fato do crédito estar atrelado à garantia de preço mínimo para os produtos, que são pactuados para pagamento do financiamento. Caso ocorra essa queda nos preços agrícolas, o Tesouro Nacional cobre a diferença até o teto, para o agricultor quitar seu débito.

O presidente Lula encerrou a reunião fazendo uma análise da evolução histórica da agricultura familiar brasileira, e destacou a importância da Ater como Política Pública, especialmente nas regiões mais pobres. Também fez uma avaliação das principais políticas publicas, inclusive delegando aos ministros presentes o tratamento da proposta da Asbraer de criação e implementação do PAC da Extensão Rural.

Sem dúvida, foi um dia importante para agricultura familiar e para extensão rural.

Mais Alimentos em pauta

A audiência pública no Senado Federal sobre políticas públicas para o desenvolvimento rural, o papel da assistência técnica e extensão rural, foi adiada, conforme nos comunicou a Comissão de Agricultura. Mas tenho boas novidades sobre o Programa Mais Alimentos. Hoje estive em Brasília participando de uma reunião sobre o Programa. A reunião aconteceu às 15h30 no Centro Cultural Banco do Brasil. Estiveram presentes representantes dos setores da indústria parceiros, como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea); a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimac); agentes financeiros que operam o Programa; a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), que participa da implementação do Programa nos estados; movimentos sociais e outros ministérios envolvidos no Mais Alimentos. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, apresentou o balanço de um ano de implantação do Mais Alimentos. Dentre os bons resultados da reunião estão a aprovação da compra de utilitários financiados pelo Programa, uma demanda já levantada em Minas Gerais.

Políticas públicas para o desenvolvimento rural

No dia 22 de junho acontecerá em Brasília reunião da Asbraer e seminário da Aber (Academia Brasileira da Extensão Rural), que considero o centro de inteligência da extensão rural. Discutiremos os assuntos que serão tratados no 23 de junho, durante audiência pública no Senado Federal sobre políticas públicas para o desenvolvimento rural, o papel da assistência técnica e extensão rural. Aguardem novidades!

Ainda sobre o acesso à alimentação...

Quando analisamos a produção de grãos, a área plantada e o consumo nacional, percebemos, com mais certeza, que o maior problema é o acesso à alimentação. De 2005 a 2009, segundo dados da CONAB-Companhia Brasileira de Abastecimento, a produção brasileira de grãos passou de 113, 9 para 136,6 milhões de toneladas, enquanto a área plantada reduziu de 49 para 47,7 milhões de hectares. Já o consumo saiu de 97,5 para 107,1 milhões de toneladas de grãos. Dados que evidenciam a competência do setor produtivo que, mesmo reduzindo a área plantada, aumentou a produção de grãos.

Se fizermos a análise de um período maior, esta afirmação é ainda mais contundente. De 1976 a 2007, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a área plantada com grãos teve um aumento de 36%, enquanto a produção aumentou 268%, para um aumento de produtividade de 169%. Com isto, ficamos mais convencidos de que o grande desafio do Estado brasileiro continua sendo construir, implementar e viabilizar políticas públicas para garantir o acesso à alimentação .

Vamos conversar mais sobre este assunto hoje, às 16h30. Espero por você!

Ainda sobre acesso à alimentação...

Quando analisamos a produção de grãos, a área plantada e o consumo nacional reforça mais a tese de que o maior problema é o aceso à alimentação. De 2005 a 2009, segundo dados da CONAB-Companhia Brasileira de Abastecimento, a produção brasileira de grãos passou de 113, 9 para 136,6 milhões de toneladas, enquanto a área plantada reduziu de 49 para 47,7 milhões de hectares. Já o consumo saiu de 97,5 para 107,1 milhões de toneladas de grãos. Dados que evidencia a competência do setor produtivo em que mesmo reduzindo a área plantada, houve aumento na produção de grãos.
Se fizermos uma análise por um período maior, esta afirmação é ainda mais contundente. De 1976 a 2007, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a área plantada com grãos teve um aumento de 36%, enquanto a produção aumentou 268%, para um aumento de produtividade de 169%. Com isto ficamos mais convencidos que o grande desafio do Estado brasileiro, continua sendo construir, implementar e viabilizar políticas públicas para acesso à alimentação .

Acesso à alimentação: a causa da fome

De 1970 a 2005 a quantidade de pobres da América Latina foi reduzida de 52 para 46 milhões de pessoas. Só que de 2006 a 2008 com a crise dos alimentos e a crise financeira a quantidade de pobres passou a ser 56 milhões de pessoas. Estudos mostram que a falta de instituições estatais fortes, que implementam políticas públicas é uma das causas. Mas o problema não é só este. O acesso à alimentação é outro entrave.

PAC da Extensão Rural

Amanhã, 9 de junho, às 10h30, a diretoria da Asbraer estará reunida em Brasília com o Ministro das Relações Institucionais, José Múcio, para apresentar as propostas de criação do Plano de Ampliação e Fortalecimento da Assistência Técnica e Extensão Rural Brasileira. Será entregue um documento mostando que a assistência técnica e extensão rural (Ater) no Brasil promove o desenvolvimento sustentável e é capaz de responder às expectativas do Governo.

As propostas do Plano de Ampliação e Fortalecimento da Ater incluem a alteração na forma de repasses de recursos públicos; a criação da Secretaria Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural; a mudança na relação entre o MDA, os agentes financeiros e as associadas da Asbraer quanto ao crédito rural; a implantação de um sistema de gestão da Ater; invenstimentos em infra-estrutura e modernização da gestão das entidade de extensão rural; a implantação do programa Brasil Sustentável; e a ampliação do crédito rural.

Na quarta-feira, dia 10, aguardo vocês, às 14 horas, para falarmos sobre este tema.

Agricultura chilena

A experiência no Chile foi bastante rica. Várias lições e conhecimento que vamos compartilhar. Nesta semana, nossa conversa é sobre a missão técnica. Os representantes dos estados brasileiros que estiveram no Chile e eu estaremos on-line, nesta terça-feira, dia 02, das 16 às 17 horas, num bate-papo sobre a agricultura chilena.
Espero por você aqui no blog!